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A evolução da bola de futebol

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Você seria capaz de imaginar como seriam as modalidades esportivas sem a existência da bola? Bem difícil, não é mesmo?

A bola é um objeto muito antigo. Talvez isso possa ser explicado pela simplicidade da ideia por trás deste objeto: algo esférico que podemos lançar e chutar. Uma pedra, por exemplo, já poderia servir como fonte de inspiração para a criação da bola. E foi justamente desta forma que muitos acreditam que ela tenha surgido: o homem pré-histórico teria chutado uma pedra (não muito pesada) e percebido que aquilo era algo útil, de alguma forma.

Essa é a hipótese mais aceita, já que ninguém sabe ao certo como surgiram as primeiras bolas. De fato, desenhos realizados em cavernas retratavam homens segurando objetos esféricos feitos com pedras. Desta forma, acredita-se que as primeiras bolas tenham sido ferramentas de caça do homem pré-histórico.

A bola que chegou ao Brasil em 1894, trazida pelo inglês Charles Miller, era feita de couro curtido com uma costura bem grosseira ao centro. O maior problema era no momento de cabecear a bola, pois os cordões machucavam a testa dos jogadores.

Já a bola usada na Copa do Mundo de 1958, em que o Brasil foi campeão, já não tinha os tais cordões, mas continuava sendo feita em couro. Nos dias chuvosos, o couro se encharcava e a bola ficava bem mais pesada, o que dificultava a precisão dos chutes.

Nos anos 60 e 70 as bolas ainda eram confeccionadas em couro, porém passaram a ser impermeabilizadas, ou seja, não encharcavam em campos molhados.

Foi nos anos 80 que os materiais sintéticos começaram a ser usados na fabricação de bolas. O aspecto visual e a durabilidade do material conquistaram a atenção dos jogadores.

Nos anos 90 foi a vez dos polímeros. As bolas fabricadas a partir deste período ficaram mais leves graças à presença de polímeros. O poliuretano (altamente durável e leve) é usado como revestimento e nas camadas internas usa-se o poliestireno, já as câmaras de ar presentes no interior da bola são de látex. No século XXI vimos que os polímeros chegaram para ficar, a prova disso é a composição das bolas mais modernas: sob o revestimento de poliuretano se emprega dez camadas de poliestireno e na câmara é usada a borracha butílica. A tecnologia deste século permite que os gomos da bola sejam unidos por ligação térmica em vez de costuras.

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