Novo estudo liderado por pesquisadores da universidade de Cambridge e Edimburgo e publicado na The Lancet, concluiu que a atividade física previne cerca de 3,9 milhões de mortes precoces por ano em todo o mundo.
Os pesquisadores da equipe analisaram dados publicados para 168 países sobre o percentual da população que atende à recomendação global da Organização Mundial da Saúde (OMS) com, pelo menos, 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada ao longo da semana, ou 75 minutos de exercícios de intensidade vigorosa ou ainda, uma combinação equivalente entre as duas intensidades – além de exercícios de força. Ao cruzar esses dados com as estimativas do risco de morte precoce entre as pessoas ativas e pessoas inativas, os estudiosos foram capazes de fazer um cálculo da proporção de mortes prematuras que foram evitadas pela atividade física.
Com o estudo foi possível descobrir que, em âmbito global, graças a atividade física o número de mortes prematuras foi aproximadamente 15% menor do que teria sido, o equivalente a 3,9 milhões de vidas salvas ao ano. Embora os pesquisadores tenham encontrado uma grande variação nos níveis de atividade física entre os países, concluíram que ela contribui significativamente para a saúde das pessoas ao redor do mundo. Ainda de acordo com o levantamento, o número de vidas poupadas foi maior nos países com maior população de baixa renda: uma média de 18% das mortes prematuras foi evitada nesses países, enquanto nos de alta renda a porcentagem foi de 14%.
As últimas diretrizes da Organização Mundial de Saúde apontam para os benefícios da atividade física de maneira geral e não apenas para exercícios. Portanto, é essencial levar uma vida mais ativa para melhorar a saúde.