A história quase sempre se repete: a pessoa compra uma bicicleta ergométrica com a melhor das intenções, mas, no final das contas, o equipamento acaba esquecido num canto da casa, virando cabide ou porta-bolsas. Na academia ou no salão de ginástica do prédio, a cena não é diferente: todo mundo lota as esteiras e o transport enquanto as pobres das bikes ficam em segundo plano.
Porém, essa rejeição à bicicleta não tem qualquer fundamento: ela é uma arma infalível para enxugar a gordura e deixar seu corpo magrinho e bonito. Além de emagrecer, você vai dar uma bela modelada nas pernas e no bumbum, já que o trabalho muscular nessa região é intenso.
O ideal, de acordo com especialistas, é começar a pedalar devagar nas primeiras semanas e, a partir da segunda semana, aumentar a carga gradativamente. A variação do ritmo e da carga é que vão deixar a malhação mais eficiente: começar devagar, depois aumentar o ritmo, descer novamente e depois dar um pique rápido. Esse tipo de exercício promove queima calórica maior do que o treinamento contínuo, porque você aguenta pedalar por mais tempo.
Com este tipo de treino é possível perder até quatro quilos em quatro semanas – desde que você não passe a comer mais do que de costume.
Acerte o peso
O peso é um dos recursos para intensificar o trabalho muscular. Quanto mais pesada estiver a bike, maior o estímulo nos músculos das pernas e do bumbum. As cargas variam muito de acordo com o equipamento, mas geralmente, são medidas em uma escala que vai de 1 a 10. Caso sua bicicleta tenha outra escala, você pode utilizar a percepção de esforço (abaixo) ou fazer uma conta simples: veja qual é o peso máximo da bike e divida por três, assim você encontrará as três faixas de carga para o treinamento.
Carga baixa: de 1 a 3. Você praticamente não percebe o trabalho muscular.
Carga intermediária: de 4 a 6. Você sente o trabalho muscular.
Carga alta: de 7 a 10. O trabalho muscular é muito intenso.
Entre no ritmo
O que vai determinar a intensidade das pedaladas é a sua frequência cardíaca. É importante monitorá-la e mantê-la dentro da faixa indicada no treino. Para isso o primeiro passo é calcular a frequência cardíaca máxima (FCM), subtraindo a sua idade de 220. Se tem 20 anos, FCM: 220-20=200. Para pedalar entre 65% e 70% da FCM, faça o cálculo: se a sua FCM for 200, a conta é 200 x 0.65 (130) e 200 x 0.7 (140). Isso significa que você terá que manter o batimento cardíaco entre 130 e 140 vezes por minuto. Se quiser, você pode utilizar um frequencímetro (os modelos mais baratos custam, em média, 150 reais). O aparelho mede com precisão seus batimentos cardíacos e avisa quando você sai da faixa indicada.