Verdade. Quanto nos exercitamos em jejum, utilizamos até 3 vezes mais gordura como fonte de energia (dependendo da intensidade do exercício e do condicionamento físico do indivíduo) do que quando fazemos o mesmo exercício após comer.
Segundo a Profa. Fabiana Benatti, Phd e pesquisadora na Universidade de Copenhagen, quando nos alimentamos, liberamos insulina na circulação sanguínea, inibindo a quebra de gordura e impedindo que ela seja usada como fonte de energia.
Por outro lado, quando nos exercitamos em jejum, as concentrações de insulina estão baixas, favorecendo a utilização de gordura como fonte de energia.
Porém, é importante ressaltar que isso só acontece em atividades de intensidade leve a moderada, como caminhada e corrida leve, que utilizam mais a gordura como fonte de energia.
Então quer dizer que se eu praticar exercícios em jejum vou emagrecer mais?
Não necessariamente.
Mas por quê, já que dessa forma eu estaria utilizando mais gordura como fonte de energia?
Pelo seguinte motivo: vamos supor que, em dois dias diferentes, você percorra a mesma distância e gaste o mesmo número de calorias.
No primeiro dia você corre alimentado, o que significa que em média 10% da energia utilizada veio da gordura.
No segundo dia, você corre em jejum, o que significa que em média 30% da energia utilizada veio da gordura, tendo portanto, consumido 20% a mais de gordura durante o exercício do que no primeiro dia.
Mas vamos supor que, nos dois dias, após o exercício, você tenha consumido uma refeição de 500 Kcal, das quais 25% foram provenientes da gordura.
Isso significa que, em uma simples refeição, você já repôs (e superou) toda a quantidade de gordura utilizada durante o exercício em jejum. E por mais que você tenha queimado mais gordura durante o exercício em jejum, essa quantidade é muito pequena e facilmente reposta. Se ao final do dia não houver déficit energético, dificilmente você irá emagrecer mais do que se fizer o exercício alimentado.