O termo “Academia de Ginástica”, ou “Academia de Musculação”, na forma que utilizamos hoje, só foi se estabelecer definitivamente no Brasil no início da década de 80. Não que elas não existissem. Ainda na década de 40 já se delineava o modelo atual do conceito. Atividades como o halterofilismo, as lutas e a ginástica, eram praticados em locais denominados como “Instituto de Modelagem Física”, “Centro de Fisiculturismo”, entre outros, e eram frequentados quase que exclusivamente pelo público masculino.
No início da década de 80, com o sucesso dos filmes de Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone, assim como as competições de fisiculturismo (Mister Universo e Mister Olimpia), a procura pelas academias foi crescendo aos poucos. Ainda assim, a presença feminina era rara pois, naquela época, o treinamento com pesos e o ganho de músculos era visto como uma coisa “de homem”.
Porém, esse quadro mudou no início da década de 80, com a chegada da ginástica aeróbica, divulgada pela atriz Jane Fonda. Com coreografias elaboradas e um ritmo musical contagiante, ela conquistou rapidamente o público feminino, que passou a procurar as academias. Essa movimentação teve o papel de uma mola propulsora, iniciando a grande transformação das academias no modelo que temos hoje.
No início dos anos 90, a abertura econômica favoreceu as importações, facilitando a incorporação de novos aparelhos e tecnologias. O termo “musculação” veio substituir o “halterofilismo”, que afastava o público feminino. A cantora Madonna, com seus músculos delineados, se tornou o padrão de beleza da época, fazendo com que as mulheres invadissem as salas de musculação. Toda essa movimentação obrigou as academias a se reorganizarem internamente, em termos espaço, aparelhagem e gestão. E finalmente as academias consolidaram-se como um negócio lucrativo.
Hoje em dia dispomos de inúmeras novas modalidades. As tecnologias invadiram as academias e os professores estão cada vez mais qualificados. A prática de exercícios físicos deixou ser vista como uma questão de estética e passou a ser uma questão de saúde, para gente de todas as idades.
E assim as academias seguem no curso do desenvolvimento, trazendo a cada dia uma novidade e conquistando mais adeptos do bem estar e da qualidade de vida.